15 de mai. de 2008

PODOLATRIA COM TRIGO CRÚ...



Dessa vez eu dormi.
Das duas e meia da madrugada até aproximadamente meio dia e meia do outro dia, venci a insônia. Ao acordar novamente me deparei com o espaço onde ficava o meu aparelho de som vazio. Liguei para o Laerte, meu “consertador” e ele me prometeu que me ligaria em trinta minutos para confirmar a entrega do aparelho às cinco horas da tarde. Balela. Eu esperei o dia inteiro e obviamente o puto não apareceu. Mais um dia sem rock and roll. Não!
Eu não ia agüentar.
Passei na casa da Lisa aproximadamente às oito horas da noite, de olho nos bons discos do King Crinson que ela tinha e no maravilhoso tabule que Dona Ana, mãe dela, fazia no jantar. Também estava louco para ver aqueles lindos pezinhos tamanho 33 que a Lisa tinha...
Sou podolatra convicto!!
Quando cheguei fui bem recebido e só. A Lisa me abraçou, beijou-me a maçã do rosto, questionou o fato de meu sumiço durante os dois, três meses em que eu trabalhei, convidou-me para entrar eu comi o tabule, dei outro abraço em dona Ana, mais um em Seu Roberto, pai dela, e depois só tomei no cu!!
Primeiro porque a gastrite me atacou e eu paguei o mico de fazer a Lisa preparar-me um chá de sei lá eu o que. Segundo. Porque a Lisa não tava numas de rock and roll. Ela me arrastou para o quarto dela, para, empolgadissíma, mostrar-me um dvd que a Teka comprou para ela em Londres; “PARTNER”.
Filme do grande Bernardo Bertolucci, Partner, foi feito em 1968, para abordar os slogans, mitos, revoluções e outros delírios daquele ano mágico. Não dá para dizer que é um filme abstrato. O próprio Bertolucci não o definia assim. Ele sempre falou em uma grande contestação teatral filmada, com uma linguagem cinematográfica... oras que se foda! Eu amo o Bernardo Bertolucci mas não tava nem um pouco a fim de ver filme nenhum. Vi. Assisti aquela porra todinha!
E por último, a Lisa assistiu ao filme com umas pantufas enormes, o que impossibilitou a visão maravilhosa daqueles deliciosos pezinhos. E não tirou as pantufas nem diante dos meus poéticos e pervertidos apelos. E ainda por cima, me deu uma puta de uma bronca cobrando-me atenção para aquele, que era um dos meus ídolos... Assisti. Despedi-me.
Foi muito bom passar àquelas horas do lado da Lisa. Mesmo sem poder chupar aqueles dedinhos lindos, rever a minha antiga amiga trotskista foi ótimo. Trotskista. Coitada...
Agora, no meio da madrugada me pego pensando se assisto Ody Fraga ou Sam Peckinpah. Ta...
Verei o Peckinpah com o mesmo afinco com qual o Ornet Colleman tocava o seu saxofone de plástico...

2 comentários:

Mahare disse...

Hey...
Estou marcando minha presença,e deixando um bj pra vc.
Que bom que esse não é mais um texto de futebol...Não sei nada nada a respeito desse esporte.

Anônimo disse...

Gostei do texto! A mãe da Lisa faz outras especialidades árabes além de tabule? Charutos de folhas de uva são deliciosos :-P
À propósito, não calço 33 como a Lisa, mas achei interessante você ter usado uma foto minha :-D
Cy