Eu/Ela;
Bhoêmia/Absolute
Camel/Marlboro
Teatro/Vegas
Godard/Linch
James Gang/Arcade Fire
Rimbaud/Keats
Abc/Zona Leste
Pele morena/Bionda
Bosch/Dali
Lírio/Rosa
Guitarra/Sampler
Noite/Madrugada
Eu beijo/Ela me engole
Eu a sugo/Ela treme
Sexo/Ela me devora!
Êxtase em mim/Ela, explosão.
E para convergir os porquês, a insâna delícia de viver a vida e alguns mal rabiscados versos meus, em odes profanas, embevecidas de luxúria santa... E foda-se a realidade careta dos fatos!
Um relicário de Reportagens, Resenhas, Crônicas e outros Jornalismos - Por Marcelo Mendez
8 de out. de 2007
5 de out. de 2007
DRINKING AGAIN
Boca com boca, pelo com pelo. Ela me beija eu retribuo. A intensidade aumenta, ela acompanha. A gente se abraça e sinto o forte pulsar do coração dela. O meu acelera junto. Eu me livro da velha jaqueta jeans, ela tira a blusinha. Minha mão escorre pela sua perna enquanto a dela, se ocupa em arrancar minha camisa do CREAM. Consegue. Beija meu peito nu. Arranco o seu cinto de taxa e ela me puxa para o chão junto dela. Vira-se. Fica por cima. Altiva e poderosa me beija com violência. Eu a viro e quem fica por cima sou eu. Tiro o seu jeans surrado e com a boca, sua lingerie de renda branca. Vulva! Acaricio, beijo, sugo aquilo como o mais saboroso néctar da face da terra. Ela geme. Reconforta-se. Entrega-se aos meus carinhos sem perder a altivez. E quando se cansa, me empurra o peito nu e agora é ela quem repete todo ato. Eu também vejo estrelas, céus, infernos, Matisse, Reinbrandt, Lizt e Humble Pie. Prazer. A abraço; Eu a levanto e coloco na cama. Beijo todo seu corpo mas agora, com um pouco mais de suavidade. Ternura. Vejo o seu sexo. Com carinho o penetro. Com jeito ela reconforta o meu. Com uma paixão insana nos amamos. Juntos explodimos de prazer. Ela me beijou, terna. Eu retribuí da mesma forma. Levantei para fumar um cigarro. Quando voltei já dormia. Parecia um anjo. Eu a acompanhei naquele sono e descansei como há muito não acontecia. Na manhã seguinte ela acordou primeiro e saiu para o trabalho. Quando me levantei fui até a cozinha e vi um recado preso a um imã na geladeira escrito; “Tem chá de maçã com erva doce no jarra verde. Beijo”. Naquele momento tive a certeza de que estava realmente apaixonado.
28 de set. de 2007
EMANUELE BEART, ALGUMAS CACHAÇAS E MAIS OUTROS DESBUNDES MARXISTAS
Último trem. Meia-noite e cinco começo de madrugada, estação Brás.
As portas já estavam para se fechar quando ela, esbaforida, cambaleante conseguiu embarcar. Em seguida o trem partiu.
Naquele vagão além de mim que voltava do cinesesc onde eu fui um filme do Dusan Makavejev, havia uns moleques fazendo barulho e dividindo uma garrafa de alguma coisa, além de mais alguns trabalhadores e estudantes podres de cansaço creio eu.
Ela entrou correndo e sentou do meu lado.
Talvez por estar mais perto. Em seguida começou a abrir apostilas e fazer anotações nas mesmas com um lápis preto n. º 2 enquanto eu devorava Doistoeiviski pela “centésima vez”. Aí nas anotações estava escrito; “Pesquisar Luckacs”.Não agüentei.
Perguntei o que ela queria com o Luckacs e descobri que além de morena, linda, de olhos castanhos, corpinho tentador, sorriso largo e simpático ela, também queria ser socióloga. Eu respondi que queria ser menino e ela riu. Eu falei bem do Florestan Fernandes e do Max Weber e ela concordou . Disse que o The Who era do caralho e ela cantarolou “Magic Bus”. Então me apresentei basco e anarquista e ela quis me bater...
Chamou-me de pequeno burguês, mimado, playboy, filho de uma classe média decadente e eu respondi dizendo que ela tinha pintinhas lindas no rosto. Ela mandou eu ir me fuder e eu convidei; “Vamos juntos.”. E nós dois rimos dessa vez.
Quando chegamos em Santo André já não tinha ônibus para nenhum de nós irmos embora. Ela então me convidou para beber alguma coisa. Sugeri o “Enio’s” na área chique da cidade. Ela pegou minha jaqueta emprestada e decidiu que nós iríamos ao bar das putas que ficava em frente ao terminal rodoviário.
Tomamos todas!!
Falamos merda, discutimos política e ela disse que como ateu eu era um fracasso. Daí eu falei que em quase tudo eu era um “fracasso” e que além do mais ela tinha cara de vendedora da Daslú e ela enfureceu-se. Levantou e foi até a maquina de música e colocou um som do Tim Maia. Eu também fui e coloquei dezoito fichas para que nós pudéssemos ouvir “Live At BBC” do Led Zeppelin inteiro. Quando o cd acabou o dia clareou e nós já estávamos chapados. Pagamos a conta.
Na calçada ela devolveu a minha jaqueta, beijou minha boca, disse que me ligava e nós nos despedimos.
Agora, são oito e quarenta da manhã de quinta feira. As três da tarde tenho que entregar uma pesquisa chata e modorrenta. E em meio a livros, cd’s, dvd’s, notas, laptop e o caralho, tomei a decisão mais sábia possível; Recolhi umas moedas do fundo do bolso e fui até a padaria.
Voltei com oito pãezinhos e duzentos gramas de presunto cozido...
As portas já estavam para se fechar quando ela, esbaforida, cambaleante conseguiu embarcar. Em seguida o trem partiu.
Naquele vagão além de mim que voltava do cinesesc onde eu fui um filme do Dusan Makavejev, havia uns moleques fazendo barulho e dividindo uma garrafa de alguma coisa, além de mais alguns trabalhadores e estudantes podres de cansaço creio eu.
Ela entrou correndo e sentou do meu lado.
Talvez por estar mais perto. Em seguida começou a abrir apostilas e fazer anotações nas mesmas com um lápis preto n. º 2 enquanto eu devorava Doistoeiviski pela “centésima vez”. Aí nas anotações estava escrito; “Pesquisar Luckacs”.Não agüentei.
Perguntei o que ela queria com o Luckacs e descobri que além de morena, linda, de olhos castanhos, corpinho tentador, sorriso largo e simpático ela, também queria ser socióloga. Eu respondi que queria ser menino e ela riu. Eu falei bem do Florestan Fernandes e do Max Weber e ela concordou . Disse que o The Who era do caralho e ela cantarolou “Magic Bus”. Então me apresentei basco e anarquista e ela quis me bater...
Chamou-me de pequeno burguês, mimado, playboy, filho de uma classe média decadente e eu respondi dizendo que ela tinha pintinhas lindas no rosto. Ela mandou eu ir me fuder e eu convidei; “Vamos juntos.”. E nós dois rimos dessa vez.
Quando chegamos em Santo André já não tinha ônibus para nenhum de nós irmos embora. Ela então me convidou para beber alguma coisa. Sugeri o “Enio’s” na área chique da cidade. Ela pegou minha jaqueta emprestada e decidiu que nós iríamos ao bar das putas que ficava em frente ao terminal rodoviário.
Tomamos todas!!
Falamos merda, discutimos política e ela disse que como ateu eu era um fracasso. Daí eu falei que em quase tudo eu era um “fracasso” e que além do mais ela tinha cara de vendedora da Daslú e ela enfureceu-se. Levantou e foi até a maquina de música e colocou um som do Tim Maia. Eu também fui e coloquei dezoito fichas para que nós pudéssemos ouvir “Live At BBC” do Led Zeppelin inteiro. Quando o cd acabou o dia clareou e nós já estávamos chapados. Pagamos a conta.
Na calçada ela devolveu a minha jaqueta, beijou minha boca, disse que me ligava e nós nos despedimos.
Agora, são oito e quarenta da manhã de quinta feira. As três da tarde tenho que entregar uma pesquisa chata e modorrenta. E em meio a livros, cd’s, dvd’s, notas, laptop e o caralho, tomei a decisão mais sábia possível; Recolhi umas moedas do fundo do bolso e fui até a padaria.
Voltei com oito pãezinhos e duzentos gramas de presunto cozido...
26 de set. de 2007
TUDO BEM... ME RENDI.
Pois é...
De tanto meus amigos encherem meu saco, decidi que ia criar uma porra dessas. Blog... A impressão que tenho é que hoje em dia o pobre coitado que não tem uma desgraça dessa, vive em outro planeta, não é cidadão, não tem direito à hóstia aos domingos na missa, não consegue um descontinho com as putas da Rua Augusta... Nada!
O Mundo é um imenso Blogão!
Acredito que até o Fidel Castro deve ter o dele. E com certeza, tanto quanto eu, ele não deve ter a menor idéia do que fazer com essa ferramenta. E tanto quanto ele, quero mais é que se foda se eu não souber o que fazer com isso. Mas com o tempo saberei. Por hora, inauguro a coisa de forma torta, disforme e pretensamente confusa.
Tal qual Ornet Colleman soprava seu sax de plástico...
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